Empregos do Hífen - Parte II

c. Hífen nas palavras compostas

Os elementos das palavras compostas por justaposição são normalmente separados por hífen, incluindo-se aquelas em que o primeiro elemento é reduzido. Exemplos: austro-húngaro, mestre-sala, porta-bandeira, grã-cruz.

Quando a palavra é composta por aglutinação, essa separação, em geral, não acontece: pontapé, vaivém.

Quando um dos elementos não tem mais autonomia sintática, a palavra composta não tem seus elementos separados por hífen. Exemplo: benquisto. 

Não podemos, por exemplo, separar quisto de bem e dizer uma frase como: " Ele tem quisto candidatar-se a deputado federal".

A forma usual seria querido: "Ele não tem querido candidatar-se a deputado federal".

O contrário acontece na palavra bem-vindo, pois ambos os elementos mantêm sua autonomia. Podemos dizer: Ele trabalha bem, Ele tem vindo muito a São Paulo.

OBSERVAÇÃO
As locuções, em geral, não têm seus elementos separados por hífen: de súbito, apesar de, de repente.

d. Hífen com sufixos

Com raras exceções não se separam por hífen. Usa-se, entretanto, o hífen com os sufixos açu, guaçu e mirim, se a palavra antecedente terminar por vogal acentuada gramaticamente ou se a pronúncia o exigir. Exemplos: Moji-mirim, Moji-guaçu, araçá-mirim.



Fonte: "Gramática Mínima - para o domínio da língua padrão"por Antônio Suárez Abreu. 3ªEdição. São Paulo

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